A ilha
A rotina de urgências sem fim impede que gestores tenham visão total de seus negócios; já é tempo de corrigir isso.
8/6/20252 min read


Em “O conto da ilha desconhecida”, José Saramago (1922-2010, prêmio Nobel de Literatura de 1998) nos traz a história de um homem com um sonho claro: chegar a uma tal ilha desconhecida. Para tanto, vai até o rei e pede um barco. Assim começa seu desafio, com um sem-fim de obstáculos que vão desde a lidar com a resistência do rei (afinal, os técnicos reais àquela altura já haviam mapeado todas as ilhas e não haveria mais ilhas desconhecidas a descobrir), até o descrédito social e os desafios práticos de preparar-se para a empreitada naval.
Em determinada altura do conto, lemos: “...que é necessário sair da ilha, para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós...”.
Tal qual uma obra de arte que demanda alguns passos atrás para podermos contemplá-la por completo e, assim, procurar entendê-la, o paralelo com nossa vivência na Arpoador é clara: gestores presos em suas “ilhas”, “muito perto” de suas operações.
De fato, no dia a dia das empresas é comum que CFOs e gestores financeiros sejam tragados por uma rotina pesada de obrigações fiscais, burocracias contábeis, relatórios para órgãos reguladores e demandas urgentes de tesouraria. A agenda fica cheia, os prazos curtos, e a prioridade acaba sendo apagar incêndios.
Mas quando o foco está apenas nas tarefas imediatas, perde-se algo essencial: a visão do todo. É como estar tão perto da ilha que não se consegue perceber sua forma, seu tamanho, seus nuances.
Uma gestão financeira estratégica exige justamente esse distanciamento, para que se possa olhar para muito além da necessidade de fechar o mês e responder a perguntas como:
A rentabilidade do negócio como um todo, de uma divisão ou produto específico estão adequados?
Vale realmente a pena crescer em determinado sentido? Tal expansão vai trazer retorno financeiro?
O nível e tipo de endividamento estão adequados ao tamanho da empresa?
O rumo estratégico está definido e sabemos como financiar as iniciativas que nos levarão até lá?
Com o que sabemos podemos conectar números, pessoas e decisões para destravar valor sustentável?
Claro, sabemos das pressões diárias e da necessidade de as empresas entregarem as tarefas do dia-a-dia e do mês com competência. Elas não vão desaparecer, precisam ser realizadas e continuarão a tomar bastante tempo, talvez todo o tempo, dos gestores principais. Além disso, nossa experiência sugere que dificilmente os gestores envolvidos nas tarefas diárias têm tempo e conhecimento necessários para, sem ajuda, afastarem-se de suas ilhas.
Na Arpoador, ajudamos empresas a desenvolver a visão estratégica, organizando os números e trazendo clareza para que líderes possam enxergar além da burocracia e tomar decisões embasadas. Este é nosso propósito. Podemos lhe garantir que há muito dinheiro “deixado na mesa” em sua operação, seja por ineficiências ou por oportunidades perdidas.
Quer se afastar da ilha para enxergar o estado real do seu negócio e poder agir para melhorá-lo?
Converse conosco e descubra como podemos ajudá-lo a ver o todo e maximizar a criação de valor de seu negócio.